Através de um trabalho que mistura ecologia, desenhos, quadros grafitados, performances, intervenção urbana, acontecimentos, textos e áudios, busca-se um caminho para aprender quais são os fatores químicos, físicos e biológicos que criam um ecossistema saudável para travestis. Transmutando em semente a experiência histórica da travestilidade e observando o crescimento de pés de feijões, que nascem rasgando laudos de transtorno de identidade de gênero, a artista institui um lugar de vida. Criação de ecossistemas efêmeros. Movimento constante de aprendizado com o brotar. Fertilizar o cotidiano urbano. Cantar para os rios de dentro e de fora. Lembrar das que vieram antes mim. Criar uma floresta.
Sy Gomes
Corpa travesti, negra, de 20 anos de idade e resistência. É estudante do último semestre do curso de História da Universidade Federal do Ceará. Pesquisadora da multisensorialidade e do processo sinestésico. Dita artista visual. Sy está atualmente dedicada completamente a sua pesquisa chamada “Travestis são como plantas”.
Castiel Vitorino- Tutora
Castiel Vitorino Brasileiro (1996). Artista visual, macumbeira e psicóloga formada em Universidade Federal do Espirito Santo. Atualmente mestranda no programa de Psicologia Clínica da PUC-SP. Vive a macumbaria como um jeito de corpo necessário para que a fuga e o descanso aconteçam. Dribla, incorpora e mergulha na diáspora Bantu, e assume a vida como um lugar perecível de liberdade. Atualmente, desenvolve estéticas macumbeiras de sua Espiritualidade e Ancestralidade Travesti. Idealizadora do projeto de imersão em processos criativos decoloniais Devorações. Nasceu em Fonte Grande. Vitória/Espirito Santo – Brasil.