corpos negros, femininos e LGBTs na comicidade popular
Coletivo Yabás
O presente projeto, visa investigar a criação de palhaços e outras personas cômicas da cultura popular tradicional, e os desafios de serem feitos por corpos de mulheres e pessoas LGBTQ+, que desconstroem padrões de gênero estabelecidos com suas próprias existências. O objetivo é questionar o predomínio de um padrão de masculinidade e heteronormatividade nas personas cômicas que brincam em manifestações da cultura tradicional, trazendo a tona vivências e pesquisas dos atores do Coletivo Yabás nessas manifestações.
O coletivo YABÁS é coordenado por Hesse Santana e Liana Cavalcante e trabalha nas seguintes diretrizes: investigação da cultura afro-indígena; protagonismo feminino e LGBT+; militância junto à população afro-periférica da cidade de Fortaleza; resistência da espiritualidade afro-indígena, sobretudo nas linguagens da música, teatro e dança. O trabalho dialoga com as manifestações de raízes populares e provoca o público a pensar o lugar da mulher, da pessoa negra e LGBT+ nesses espaços, bem como na sociedade em que vivemos. O grupo atua também na área da formação, pesquisa e desenvolvimentos de projetos sócio-culturais.
Hesse Santana – Artista pesquisador idealizador
Liana Cavalcante – Artista e pesquisadora
Demetrius Vieira – Artiste pesquisadore
Taciana Santos – Artista e pesquisadora
Cibele Mateus – Tutora
Brincante, educadora social, atriz e pedagoga. Formada em Pedagogia na Universidade Anhembi Morumbi- SP (2017) Curso de Extensão Universitária “O trabalho do ator/bailarino a partir das danças tradicionais brasileiras” – UNESP (2013/2014). Desenvolve seus trabalhos teatrais com ênfase na pesquisa de expressões tradicionais brasileiras e na arte de rua como poética para a criação cênica, desde 2005. É colaboradora do Grupo Manjarra (SP) desde 2011, onde inicia sua trajetória como Mateus (figura cômica da “cara preta”). Atualmente desenvolve pesquisa e criação cênica na linguagem da comicidade negra referenciada em expressões afrodiaspóricas, em especial o trio cômico (Mateus, Bastião e Catirina) do Cavalo Marinho Pernambucano, tendo como mestre Sebastião Pereira de Lima (Mestre Martelo). Desde 2016 participa de projetos, encontros e festivais de palhaces e circo, apresentando-se em cabarés, ministrando oficina e bate-papos relacionados a comicidade negra.